quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Anatomia Interna do Peixe Betta

RESPIRAÇÃO
Bettas são anabantídeos, ou seja possuem um órgão acessório de respiração, logo acima das guelras, através do qual respiram oxigênio atmosférico. Dessa mesma família são, por exemplo, as Colisas e os Tricogasters.

Esse órgão, o labirinto, é uma forma primitiva de pulmão que se desenvolve algumas semanas após seu nascimento. Consiste em cavidades em cada lado da cabeça que contêm diversas placas ósseas recobertas com um tecido enrugado em que há muitas vasos sanguíneos circulando. Isto cria uma área de superfície grande com que o oxigênio pode ser absorvido. Os peixes nadam para a superfície, onde cospem uma bolha de ar usado e obtém uma nova. As brânquias também são usadas pelos peixes, mas não são suficientes para fornecer todas as exigências da respiração e absorção de oxigênio. Não é incomum vermos Bettas que sobreviveram por várias horas fora da água, sendo mais abalados pelo ressecamento da pele do que por asfixia.

Peixes com labirinto têm uma outra característica, todos os órgãos internos estão comprimidos na parte dianteira do corpo, de modo que a parte traseira tem somente a espinha,músculos e parte da bexiga natatória. O corpo do peixe é assim notavelmente flexível e explica a particular aerodinâmica dos Bettas. Seu formato é indicativo de sua preferência por água calmas, de pequeno movimento.
BEXIGA NATATÓRIA

É um dos órgãos mais importantes dos peixes e funciona como um tanque de flutuação para controlar a posição do peixe na água, pode encher ou esvaziar para manter o peixe em posição estável em qualquer profundidade.

Quando funciona mal, o aquariófilo precisa saber de sua importância, pois o peixe pode boiar o afundar muito.


Ela também é utilizada algumas vezes para emitir ruídos pelos peixes que podem ser ouvidos inclusive fora do aquário.

Algumas espécies que vivem no fundo não as possuem e precisam nadar com mais força para não ficarem muito embaixo.

GUELRAS

Graças à elas, os peixes obtêm oxigênio da água em que nadam. São órgãos delicados, ramificados. Estão situadas atrás da boca, por onde a água entra e é impelida pelas membranas que revestem os capilares, invadindo os capilares, enquanto é expelido o dióxido de carbono.

Não são todos os peixes que obtêm oxigênio exclusivamente pelas guelras, alguns podem absorver ar da superfície.

Os peixes-gato, por exemplo, engolem bolhas de ar, que vão para os intestinos, onde o oxigênio é absorvido pelas paredes intestinais.

A BOCA E A MANDIBULA


A boca e a mandíbula dos peixes são diferentes de acordo com sua alimentação. Não mastigam o alimento e alguns trituram o que ingerem na garganta.

Os dentes pequenos servem para ajudar a segurar a presa e outras espécies, como a piranha, por exemplo, possui dentes grandes, que são cravados no seu alimento.

RINS


Proporcionalmente, os rins dos peixes são muito maiores que os dos mamíferos. Esses órgãos precisam desenvolver uma ampla atividade para manter o equilíbrio da água em seu corpo, já que ficam rodeados de água. Alguns peixes que podem viver tanto em água doce quanto salgada, têm os rins especialmente adaptados para enfrentar essas diversas condições da água.

LINHA LATERAL


Os peixes possuem ao longo do corpo de ambos os lados, uma linha chamada lateral que vai das guelras até a cauda. Essa linha pode ser reta ou curva, e é um tubo fino que contém minúsculos órgãos dos sentidos, que podem detectar movimentos na água à sua volta e são como uma espécie de radar.


Quando nadam em cardumes se utilizam dessa linha para se posicionar e muitas espécies procuram por comida também através dela.

OLFATO


Alguns peixes possuem os órgãos do olfato muito desenvolvidos, os quais podem se situar em depressões na cabeça, como nas enguias, por exemplo. Essas espécies conseguem encontrar comida mesmo em águas escuras e turvas, quando os olhos não podem ajudar.


Existem peixes que vivem em cavernas e não possuem olhos, mas competem por comida de igual para igual com os outros peixes, por isso, acredita-se que eles utilizem o olfato para obter alimentos.
DIFORMISMO SEXUAL DOS BETTAS
Os machos tem as cores mais intensas, as nadadeiras mais longas e são muito territorialistas. "armando-se" para outros machos, para fêmeas ou mesmo para sua própria imagem em um espelho.



Embora menos comum, existem fêmeas agressivas. Por isso, nem sempre é fácil distinguir um macho jovem ou de nadadeiras menores de uma fêmea bem dotada. A prova dos nove para identificação dos sexos é, afinal, a existência de um ponto branco na região anal da fêmea, o "ovopositor", por onde são expelidos os ovos durante o casamento. Outra forma de reconhecimento é saber que é o macho quem que fabrica o ninho de bolhas. Ele o faz assoprando ar através da boca, onde é aprisionado por uma secreção, adesiva, de glândulas ali existentes. A construção ocorre quando a temperatura está na faixa de reprodução normal, entre 25° e 30°.

Fonte: http://www.peixebom.com.br/
           Rev Bras Reprod Anim, Belo Horizonte, v.30, n.3/4, p.134-149, jul./dez. 2006. Disponível em http://www.cbra.org.br/

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